O Piloto Instrutor é O Skull .... !

[=FN=AirMan]

EU MORO LÁ.

Em 1976, ainda tenente, por força de transferência para Recife, deixei de voar uma máquina que me encantou. Era o Cessna T-37C, o qual voei no meu último ano como Cadete e, posteriormente, por mais quase quatro anos como instrutor de vôo na Academia da Força Aérea.

Era uma aeronave ágil, acrobática e de comandos sensíveis. Ao menor toque em seus comandos, uma resposta imediata se fazia sentir.

Em chegando ao Recife, fui voar o histórico Douglas C-47 de tantas emoções vividas e sentidas.

Concluído o “ground school, lá fui eu ( SWOOP ) para o meu primeiro vôo naquela já velha e cansada máquina.

Fui escalado com um instrutor, o então Cap. Botelho( SKULL ), grande águia e amigo de tantos caminhos e tantas jornadas.

Após a decolagem, subida, nivelamento e a feitura de algumas manobras na área de instrução, já dera para perceber a diferença de reação entre o arisco T-37 e o velho Douglas, sendo este preguiçoso, lento nas respostas, apresentando uma grande inércia entre a aplicação dos comandos e o início da resposta aerodinâmica solicitada. Assim, para cada manobra pretendida, era necessária uma ação bastante antecipada por parte do piloto, coisa que eu não estava acostumado.

Efetuou-se, então, o regresso ao aeródromo para o treinamento de pousos e arremetidas.

Naquela ocasião, havia em Recife duas pistas operacionais. A 18/36 e a 15/33, esta última não mais em uso nos tempos atuais.

Contatada a torre de controle, eis que uma voz cheia de jinga, puxando os erres a la carioca, nos fornece as informações de praxe e estabelece que as nossas aproximações e pousos fossem realizados para a pista 18, de maior extensão e mais alinhada com o vento.

E lá vou eu, no comando da máquina em minha primeira aproximação.
Ao efetuar a curva para enquadrar a reta final, fiz uma “barriga”, mas tão grande, que ao concluí-la estava mais alinhado para a cabeceira 15, do que para a 18, onde deveria pousar.

O Botelho, na qualidade de instrutor e responsável também pela fonia, no intuito de evitar uma arremetida no ar e a conseqüente perda do treinamento do pouso, interpela o controlador, mais ou menos nos seguintes termos:

“Torre do Recife, o FAB 2018 está em vôo de instrução. Objetivando ganhar tempo e não desperdiçar a aproximação, incorretamente realizada, solicita autorização para toque e arremetida na pista 15, agora mais ao nosso alcance. FAB 2018”.

Em resposta, ouviu-se o controlador, em tom jocoso:

“FAB 2018 está livre o seu pouso na 15. O vento é tal, com intensidade tal. E convenhamos, comandante: em vôo de instrução vale tudo. Vale pousar na 15, na 18, em qualquer lugar. Só não autorizo pousar na Avenida Recife, porque EU MORO LÁ. Após a arremetida, acuse na perna com o vento da pista 18, ou da 15, ou seja lá de onde for”.

E o Botelho(Skull) se pôs a rir até as lágrimas. E eu, “p” da vida, tive que suportar, caladinho, a mancada, o riso do instrutor e a gozação do controlador folgado.

A primeira mancada, em qualquer máquina, a gente nunca esquece.

OBSERVAÇÃO – A Avenida Recife margeia o aeródromo, no sentido de Este para Norte, passando bem próximo à cabeceira e, em determinado ponto, fica relativamente, quase que alinhada com o eixo da pista.

Este fato é verídico .... o Skull e o Swoop é q sao virtuais......  LoL..!!


 :lol:   :lol:   :lol:   :lol:   :lol:   :lol:


 
 

[=FN=DelRio]

Ahahahahaha!

Fiquei imaginando a cena.... comédia!!

[=FN=Skullcrusher]

UHAUHAuAHAUhaUHAuahUAhaUHA

Muito show...não conhecia essa história mas legal ela...

Tenho uma também contada por um amigo piloto em uma mesa de bar que aconteceu com ele e foi mais ou menos assim:

Após o mesmo tirar o brevet de PP e PC ele ficava zanzando pelo aeroporto internacional dos Guararapes\Recife à procura de um piloto para fazer vôos como co-piloto de graça ganhando assim,conhecimento na área e experiência de horas de vôo.
Um belo dia pintou um vôo em um turbohélice Seneca V para levar alguns passageiros para Araripina (cerca de 800KM de Recife quase fronteira com o Piauí).O vôo transcorreu normalmente até que na hora do comandante do vôo ordenar gear down aconteceu algo estranho: das três luzes do trem,apenas duas se acenderam faltando justamente a do nariz.Eles dois se entreolharam com estranheza,e subiram novamente o trem e novamente o abaixaram,persistindo o problema.
O fato que poderia estar acontecendo era apenas uma pane elétrica mas,em uma hora dessas não existe "eu acho".Os dois pensaram muito e logo após meu amigo vira-se para os passageiros na cara de pau e fala:

-Algum de vocês tem parentes ou amigos esperando na pista?

No que os passageiros responderam que sim ele dispara:

-Algum deles tem celular?

Dado o número, meu amigo liga pro dito cujo e fala calmamente:

-Senhor fulano, sou o co-piloto da aeronave que leva um familiar seu tudo bem?Escute,vamos fazer um sobrevôo na pista e gostaria de um favor seu...olhe para nosso avião e cheque se o mesmo está com os três trens descidos e travados...

Mal o mesmo acabou de falar e o pânico tomou conta dos passageiros que ficaram nervosos e com medo.Segundos depois ele dá um grito e todos se calam...no celular e fazendo a passagem ele fala:

-Estão baixados?Ahhh Ok muito obrigado vamos fazer o contorno e pousar....

E assim o pouso ocorreu normalmente.

[=FN=Skullcrusher]

Airman:

Muito boa a história,e obrigado pela homenagem uahauhauahauhauah

[=FN=Swoop]

Airman, valeu pela homenagem... hehehehehe...


Essa história de Araripina, que o Skull contou, só serve para mostrar como um diabo de uma lâmpada queimada pode ser complicada... huahauhauhauahuahauhauhauhauahuaha...

A propósito, se for o caso, quando precisar, pode pousar na avenida Recife ou na Avenida Boa Viagem também que um Douglas passa legal por lá... huahuahauhauhauhauhauhauhauahuahuahauhau...

Tenho um vizinho maluco que era piloto da FAB nos tempos em que tinha um pouco mais de juízo, e, uma vez, ele deu um razante na frente do meu prédio, a menos de 10 metros do prédio da frente... bem sobre a faixa de areia da praia, com um mirrage... o cara não ficou acima de 10 metros do solo... huahuahuahaua... eu lembro que eu tava na praia e ouvi o barulho... a última coisa que lembro, foi um moleque se jogando num pequeno vale entre dois morros de areia da praia e se cobrindo com uma prancha de isopor... eu devia ter uns 5 ou 6 anos na época, mas não esqueço nunca o barulho que foi...

Huahuahuahauauahuha... hoje esse doido é da reserva (deve ter sido aposentado por reprovação em algum teste psicológico)... hehehehehehehehehe...